As Demonstrações
Contábeis são o conjunto de informações que devem ser
obrigatoriamente divulgadas, anualmente, segundo a lei 6404/76, pela
administração de uma sociedade por ações e representa a sua prestação de contas para os sócios e
acionistas. A prestação anual de contas é composta pelo Relatório da Administração, as Demonstrações Contábeis e as notas explicativas que as
acompanham, o Parecer dos Auditores Independentes (caso houver) e o Parecer do Conselho fiscal (caso existir).
Demonstrações
Contábeis:
Relatório da
administração:
-> Não faz parte das
demonstrações contábeis propriamente ditas, mas a lei exige a apresentação
desse relatório, que deve evidenciar os negócios sociais e principais fatos
administrativos ocorridos no exercício, os investimentos em outras empresas, a
política de distribuição de dividendos e de reinvestimento de lucro etc..
Balanço
Patrimonial (BP):
-> Tem por finalidade
apresentar a posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data,
representando, portanto, uma posição estática.
- Classificação das contas:
- Ativo – compreende
os recursos controlados por uma entidade e dos quais se esperam
benefícios econômicos futuros;
- Passivo – compreendo
as exigibilidades e obrigações;
- Patrimônio líquido –
representa a diferença entre o ativo e passivo, ou seja, o valor líquido
da empresa.
Demonstração
do Resultado do Exercício (DRE) e Demonstração do Resultado Abrangente (DRA):
-> DRE – deve ser apresentada
na forma dedutiva, com os detalhes necessários das receitas, despesas, ganhos e
perdas definindo claramente o lucro ou prejuízo líquido do exercício;
-> DRA – a entidade pode optar
por apresentá-la separadamente ou dentro das mutações do patrimônio líquido, e
diz respeito as mutações que ocorre no patrimônio líquido durante o período que
resulta de transações e outros eventos que não derivados de transações com os
sócios na sua qualidade de proprietário.
Demonstração
das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) e de Lucros ou Prejuízos Acumulados:
-> A DMPL é mais completa e em
uma das suas colunas é a dos lucro ou prejuízos acumulados. Evidencia a mutação
do patrimônio líquido e termos globais e em termos de mutações internas.
Demonstração
das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR):
-> Não é mais obrigatória, ela
procura evidenciar as origens dos recursos que ampliam a folga financeira de
curto prazo e as aplicações de recursos que consomem essa folga.
Demonstração
dos Fluxos de Caixa (DFC):
-> Passou a ser obrigatória no
lugar da DOAR, visando mostrar como ocorreram as movimentações de
disponibilidades em um dado período de tempo. Divide todos os fluxos de entrada
e saída de caixa em três grupos:
- atividades operacionais;
- atividades de investimentos;
- atividades de financiamento.
Demonstração
do Valor Adicionado (DVA):
-> Tem como objetivo principal
informar o valor da riqueza criada pela empresa e a forma de sua distribuição.
Demonstrações
comparativas:
-> A lei obriga a comparação
das demonstrações contábeis dos dois exercícios, o grande objetivo é que a
análise de uma empresa é feita sempre com vista no futuro. Por isso, é
fundamental verificar a evolução passada, e não apenas a situação de um
momento.
Notas
Explicativas:
-> As demonstrações contábeis
devem ser complementadas por notas explicativas, quadros analíticos ou outras
demonstrações contábeis necessárias à plena avaliação da situação e da evolução
patrimonial da empresa.
Balanço
Social:
-> Componente não obrigatório
das demonstrações, que tem por objetivo, demonstrar o resultado da interação da
empresa com o meio que está inserida. Refletindo a postura da empresa em
relação aos recursos naturais e com a sociedade em si.
Fonte:
Manual de Contabilidade Societária – FIPECAFI
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